Pelo menos uma vez na vida eu devo fazer algo me coloque medo de verdade!

E passa o tempo. E passa a vida. É ensurdecedor o tic tac do relógio.
Já é junho e eu pego a agenda e a caneta, minhas fidelíssimas companheiras.


Ai, ai...
... como eu gostaria que essa folha e/ou a caneta tivessem a resposta que eu preciso.

Eu tenho esperado pacientemente o tempo responder minhas questões, mas ele é mais devagar que eu!
E o que eu tenho feito do meu tempo?
Bem, eu tenho trocado meus herois imaginários por fantasmas, as quentes nuvens cinzas por outras frívolas verdes árvores, o ar quente por uma brisa fria (algumas vezes), o conforto gélido por mudanças...
... eu escolhi para mim trocar um papel de coadjuvante numa guerra intrínseca por um papel principal numa "cela", que eu chamo de eu mesma.
O que eu encontro lá?
Sempre os mesmos velhos medos.
E ainda acredito que sou capaz de distinguir o paraíso do inferno, um campo verde de um álgido trilho de aço ou um sorriso de um véu.
Então me seguro a tudo o que acho ser seguro.
Parece que encontrei a estrada para lugar nenhum afinal.
Acho que estou a alguns passos do meu precipício. Sim, um precipício. Aquele que eu criei para mim. E, já começo a acreditar que, talvez, alguns passos não sejam tão distantes assim.
E, por que o meu desejo mais oculto é justamente colher a flor que está à beira desse penhasco?
É justo nessa hora, que eu retorno ao título e ...



... "e a vida continua sem se preocupar com crises ou catarses; apenas seguindo em frente como uma caravana lerda e empoeirada. O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência..."

(06/06/2011) - 11:00

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