Antípoda

Resultado de imagem para poeira soproNossa, quanta poeira por aqui! 

Fuuuuu! 

Deixa eu tirar aqui essa teia de memórias secas; esse pedaço de sentimento quebrado, que pode machucar alguém; esses sonhos enferrujados podem até trazer doença se fizerem alguém sangrar.

Nossa, quanto entulho por essas bandas, minha gente!

Nesse ponto de entulho, meu espaço de encontro, me perco mais uma vez tentando ajeitar isso que ainda teimo em chamar de coração. 
Mas é que, não sei, uma coceirinha que me diz que ainda "lá na frente", eu encontro meu cantinho ao Sol, onde vou poder pendurar meus sonhos mofados num varal infinito de oportunidades para poder usá-los depois. 

É assim mesmo. 
Não se compadeça do desabafo. 
No fundo, no fundo, todo recomeço exige um pouco de atropelo, de doação, de desapego. 
Todo recomeço exige. 

Mas eu reconheço que sou boa nessa arte de me reinventar. 
É bem como poesia: que tem o dom de transformar toda dor em magia.
E assim eu me reinvento em verso, pois ao reverso sou mais bem feita. 

Às vezes, quando me vejo daqui desse degrau, me reconheço tão melhor uns 10 degraus abaixo. 
É como se eu olhasse para o ontem com uma pitada de inveja do que já fui. 
Certamente meu ontem era muito mais autêntico com seus galhos verdes e atrofiados ainda. 
Que faço agora com meus 26 degraus de maturidade? 

Tão mais distante de mim do que o Eu-Ontem... 

Mas eu aposto nesse suposto meu oposto. 
E tenho certeza de que vou me reinventar amanhã com uns degraus a mais. 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Senta que lá vem textão!

A solidão da flor do campo