Uma história de muito amor
Faz pouco tempo que o sol da tarde se despedira lá no céu e lua surgiu linda, crescente, brilhando nas alturas. E me bateu um desejo chofre de fotografá-la, musa da minha noite, como um modelo de beleza inalcançável. Em vão tentei capturá-la pelas lentes da minha câmera nada profissional. Estava lá um borrão branco e distorcido. Que desilusão! Meu sobrinho, na sua pequenez de ambições, viu meu anseio pulsar pelos olhos e tocar sua almazinha de cinco aninhos de idade. E na sua tênue habilidade de desenhista, “fotografou” a minha musa lunar. Nunca um desenho de criança com seus traços tremidos ficou tão bonito e, admito, quase uma réplica da realidade. E, ele, pequeno que só, me disse: “Toma, Tia Tecia , eu fotrogafei a lua pra você. ” E acrescentou com a sua modesta inocência infantil: ”Como eu sou gentil.” E aquilo moveu uma maré de sentimentos bons em mim, uma mistura de choro e graça tomaram conta do meu ser. Me peguei perdida na minha pequenez com um vazio que tomou conta de