O que faz da minha mente um solo fértil
Sonhos, que por descuido meu saíram iguaizinhos à realidade, peço-lhes que hoje me acordem lá pelas sete da manhã. Venham despertar-me do alto daquela nuvem que eu fiz enquanto sonhava. Mostrem-me a Terra que ninguém mais vê. Tragam-me de volta ao tempo, esse tempo que inicia ciclos e encerra-os. Vou contar-lhes um segredo: tem sido muito difícil lidar com mudanças, adaptar-me a elas e adaptá-las em mim. Mas eu sei que vocês colocam tudo no lugar. E eu poderia sonhar mil sonhos agora e por neles a cor que eu quiser. Nomeá-los! Guardar em potinhos, organizá-los. Se não couber em potinhos, reservo uma floresta temática para eles. A imensidão do mar, talvez. Ou esse infinito que é chamado de céu. Eu acredito tanto nesses sonhos. Embora eu saiba que nenhum lugar é tão secreto que alguém deixe de ter acesso. E destrói sem dó. Pisa, fraciona, esmigalha. Acho que a vida não seria vida se não houvessem sonhos e o meu direito de sonhar tem sido a minha única certeza nesses temp