Onde foi que eu me perdi de mim?


Quero voltar para mim.

Mar e calma em um entardecer e tudo voltaria a ser como era antes.
Brinco, então, com a areia entre os meus pés
Desenhando sem querer formas antigas, velhas Lembranças...

Quantas vezes me procurei à noite e quantas vezes me encontrei?

Em minhas recordações eu volto
Deveria esquecer o ontem e começar outra vez

Dia após dia vou me decifrando e me deixando decifrar

É um tanto desconfortável, mas é produtivo.

Tenho percebido, por ocasiões variadas, o quanto deveríamos a vida toda tentar estudar o homem, pois isso sim é mistério.
Cada olhar tem uma linguagem & um código.
Cada gesto uma interpretação.
Cada ser é único e cada unicidade é muito!
Porque somos muitos e não possuímos manual de instruções ou algo parecido.

Conhecer o Ser Humano em suas infinitas e distintas formas ou moldes e, enfim, desbravar esse extenso universo é a verdadeira sabedoria. E, muito mais do que isso, consiste em plenitude saber amar cada um desses diversificados seres com tais são: com seus olhares, seus gestos, seus vícios&&Manias, pois nenhum é o certo ou o errado. Afinal, com base em que definimos as pessoas? Como classificá-las como corretas ou não?

O POLITICAMENTE ACEITO NÃO ME COMOVE, NÃO ME CONVENCE E NÃO ME ENCANTA.

Gosto do "errado", assim, com seus "defeitos" e autenticidade, tanto quanto gosto do "correto", com suas previsibilidades e plenitudes.
Gosto do simples exagerado, assim como sou capaz de gostar de qualquer coisa, fato ou pessoa.

Até porque cada pessoa é como um livro aberto, cheio de informações novas e sempre acessíveis. É possível se conhecer vários universos através de cada um desses volumes, que... minha nossa! Como são diversificados e, ao mesmo tempo, apenas outros muitos livros.

Então, lemos, ou melhor, eu tenho lido esses alfarrábios, atenta a cada palavra repetida e interpreto-os. Depois, os guardo na minha estante reminiscente de livros já lidos.

Aprendo muito com cada um deles, me divirto, viajo com suas estonteantes histórias e logo após vem a frustração: Fechos os livros!

Guardando comigo a experiência da leitura e retendo cada fato, cada informação, mesmo que supérfluas.

E, é só isso?
Sim, somente.


Mas, cada livro é único e eu ainda tenho muito leitura pela frente, nas quais me perder de mim.

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