Por que eu sou assim, um mistério pra mim?



Algumas vezes me sinto como a roseira que não floriu nos dias primaveris, tornando a paisagem melancólica e vazia; carregando comigo no rosto lânguidos sorrisos, que surpreendentemente fantasiam uma felicidade.
E, por vezes distantes, por desalentos e desencantos, por motivos que nem eu sei, me sinto dependente de palavras, procuro em versos um socorro, coloco nessas singelas formas gráficas o que de mais oculto escondo em mim.


Como se as linhas fossem responder as questões que crio (Que tola!).



Quando comecei a escrever, por exemplo, ainda ouvia ao longe os “tic-tacs” do relógio, olhava ao meu redor implorando com os olhos uma ajuda, que não poderia vir de parte alguma, assim como um dependente químico implora por uma última dose.

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