Voltando para nunca mais voltar...
... nunca mais voltar para fora, para nunca mais querer o que não se deve gostar.
Ela viveu por um instante o lado de fora: frustrante, incompreensivo, de falsas alegrias e repleto de frivolidades.
Ora essa!
Quão frívola tem sido ela naquele lado, já até julga frustrações e não compreende o que não lhe compreende. De certo modo, a menina tem percebido que sua capacidade de entendimento tem sido reduzida, reduzida às asneiras, reduzida aos conceitos do lado de fora, que foram criados e muito mal utilizados.
Sente-se como um barquinho à vela jogado ao mar, tão sozinho em meio a um oceano repleto de maravilhas. As ondas vêm e vão e , assim como as ondas, vem o tempo...
Ambos passam indiferentes pelo barquinho, que os despreza por sentir tamanha indiferença. Tanta água, tanto céu, tantos peixinhos no mar, tantos passarinhos no ar...
E o barquinho, sozinho, continua a navegar.
Para onde vai o barquinho?
Ainda não se sabe.
Por que velejar esse tempo todo então?
Ora essa, porque o que mais poderia um barquinho fazer além de velejar?
Mas sem destino? Estranho, não?
Pode até ser, mas é muito melhor a solidão do mar do que as multidões estrepitosas que a pequena embarcação teria por perto ao ser aportado. As pessoas gritam, choram, se desesperam, pulam e, de tão desesperadas que são as multidões, o barquinho se agita no porto. Ele quer voltar ao mar, não suporta mais estar parado na beira do cais. Lá, em meio às águas salgadas sem fim, o silêncio é sereno e a barca perdida se encontra na tranquilidade do tempo, no balanço do mar.
E, do mesmo modo que o barquinho, a menina segue sozinha... por um momento.
Ela viveu por um instante o lado de fora: frustrante, incompreensivo, de falsas alegrias e repleto de frivolidades.
Ora essa!
Quão frívola tem sido ela naquele lado, já até julga frustrações e não compreende o que não lhe compreende. De certo modo, a menina tem percebido que sua capacidade de entendimento tem sido reduzida, reduzida às asneiras, reduzida aos conceitos do lado de fora, que foram criados e muito mal utilizados.
Sente-se como um barquinho à vela jogado ao mar, tão sozinho em meio a um oceano repleto de maravilhas. As ondas vêm e vão e , assim como as ondas, vem o tempo...
Ambos passam indiferentes pelo barquinho, que os despreza por sentir tamanha indiferença. Tanta água, tanto céu, tantos peixinhos no mar, tantos passarinhos no ar...
E o barquinho, sozinho, continua a navegar.
Para onde vai o barquinho?
Ainda não se sabe.
Por que velejar esse tempo todo então?
Ora essa, porque o que mais poderia um barquinho fazer além de velejar?
Mas sem destino? Estranho, não?
Pode até ser, mas é muito melhor a solidão do mar do que as multidões estrepitosas que a pequena embarcação teria por perto ao ser aportado. As pessoas gritam, choram, se desesperam, pulam e, de tão desesperadas que são as multidões, o barquinho se agita no porto. Ele quer voltar ao mar, não suporta mais estar parado na beira do cais. Lá, em meio às águas salgadas sem fim, o silêncio é sereno e a barca perdida se encontra na tranquilidade do tempo, no balanço do mar.
E, do mesmo modo que o barquinho, a menina segue sozinha... por um momento.
Segue sozinha sem o vento. Mas, para o lado de fora ela não quer mais voltar, decepcionou-se com o mundo dos homens, espantou-se com suas ironias, encantou-se com as estrelas, com o céu e com as poesias que encontrou pelo caminho, que, inclusive, colheu-as todas e guardou nas páginas de sua história.
A pequena reconhece que o lado de fora tem seus tesouros. Todavia, hoje, ela decidiu ficar em casa, escrevendo, na página abandonada, aquele conto que não terminou de escrever.
A pequena reconhece que o lado de fora tem seus tesouros. Todavia, hoje, ela decidiu ficar em casa, escrevendo, na página abandonada, aquele conto que não terminou de escrever.
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