Hoje não tem verso, nem canção... não brotou a inspiração

Hoje acordei sem inspiração para escrever uma linha sequer.
Me desculpe, caro leitor, mas hoje eu me rendi à total falta de vontade e à uma procrastinante preguiça.
Tenho sempre tanta coisa para dizer ou escrever que, no entanto, não querem sair facilmente de mim como geralmente é.
Se você leu até aqui, já aviso, é besteira continuar. A menos que a curiosidade persista, não é verdade?
Estou como o tempo agora: não chove, mas também não faz Sol.
E essa banalidade incrivelmente consegue ser a minha melhor produção textual até agora.
Lamento tanto por você não conseguir parar de ler até aqui sobre esse meu vazio.
Se for da sua vontade continuar, não me critique depois.
Mas é difícil encarar um dia sem palavras, sem histórias, sem contos, sem conteúdo, sem assunto, sem tudo e com nadas... é como um pintor sem tinta, praia sem sol, noite sem lua.
Não me julgue, afinal, quantas nuvens passam pelo céu e não trazem chuva? Não sou a única.
Eu, porém, tenho as ideias cá dentro de mim. Mas elas não querem sair. Teimosas, não?
Mas, se elas não se rendem à minha persistência, eu me rendo à teimosia delas.
E você teimoso leitor, já desistiu de mim?
Ah, não?
Será que você também está assim como eu?
Vazio de vez quando, embora a vida seja uma constante descoberta. Será que as palavras me abandonaram, cansaram de mim, ou será que eu abandonei-as em mim, cansei delas e desisti enfim?
Não sei, sinto que estou cheia, elas pesam e não saem nem assim, sem espaço em mim.
Me sinto um poeta que errou a rima, uma dançarina que caiu no palco, um palhaço sem graça.
Um leitor que não leu, talvez.
Essas coisas acontecem.
E assim surgiu esse texto, você acabou lendo-o e eu escrevendo-o, ou seria o contrário?
E surgiu uma ideia de história, um conto, uma constância da teimosia das minhas ideias.
Se não tivesse lido não teria existido a minha crônica triste de projeto de texto.
E, no final das contas, a culpa foi toda sua, que acabou lendo tudo, eu avisei.

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